Coluna - Xisto Roque Pazian Netto
AGRICULTURA
 
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PRODUÇÃO BRASILEIRA DE SOJA PODE SUPERAR A DOS EUA

A partir de 2009, o Brasil pode se tornar o maior produtor mundial de soja. A informação é da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). De acordo com a entidade, com a redução do plantio de soja nos Estados Unidos por conta da expansão do milho, movimento de substituição que deve persistir até 2010, o Brasil e a Argentina são os países com mais condições para liderara produção de soja.

Com o esperado aumento da produção brasileira já na próxima safra , o Brasil também deve liderar o ranking dos maiores exportadores do grão.

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam que as exportações brasileiras de soja na safra 2007/08 devem atingir 29,69 milhões de toneladas. Enquanto que, no mesmo período, os Estados Unidos devem embarcar 29,39 milhões de toneladas.

Os dados da Conab mostram que, na safra 2006/07, o Brasil deverá embarcar 26,3 milhões de toneladas.

O presidente da Secretaria de Estimativa de Soja do USDA, Keith Menzie, afirmou que os Estados Unidos estão preocupados com o crescimento da produção da cultura no Brasil. Segundo ele, a produção brasileira de soja deve superar a americana nos próximos anos.

“Os Estados Unidos não têm mais área para plantar soja, e o Brasil tem muita terra para o produto. Em cinco anos, o Brasil deve se tornar o líder mundial do produto”. Segundo Keith Menzie.  

Ele acrescentou que, mesmo com o câmbio desfavorável, os produtores não devem ter prejuízos grandes neste ano. `Com a apreciação do real, a soja brasileira pode ficar um pouco menos competitiva. Mas isso não trará prejuízos porque o país é um dos maiores responsáveis por determinar o preço do produto no mercado internacional`

Fonte: FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná, boletim informativo nº 964
APASSUL e Gazeta Mercantil.

Xisto Roque Pazian Netto
Engenheiro Agrônomo
Mobilizador do SENAR-PR 
R. Vereador Sidnei Barth s/n 
Fone 44 3568-2573
E-mail: xisto21@hotmail.com
Mamborê-PR
 


BANCO DO BRASIL ADOTA ANÁLISE CASO A CASO NAS PRORROGAÇÕES DE CUSTEIO

Comprovando a incapacidade de pagamento,
produtor poderá renegociar o custeio


Técnicos do Banco do Brasil informam que a entidade vai analisar “caso a caso” a necessidade de prorrogação das dívidas de custeio com vencimento em 2007, para aqueles produtores que apresentem dificuldades comprovadas para a liquidação de suas dívidas junto ao banco.

O Banco orienta que os produtores devem manter em dia os pagamentos das parcelas de investimento, tendo em vista que não existe possibilidade de prorrogação, pois são recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os quais somente podem ser prorrogados mediante resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN).

No vencimento das operações de custeio, serão considerados os pagamentos das parcelas de investimento e, caso haja necessidade, baseado nos laudos de acompanhamento da safra, poderá ser analisada a possibilidade de prorrogação destas operações, de acordo com a capacidade de pagamento de cada produtor.

 O Banco alerta que é fundamental que os produtores não deixem vencer seus compromissos, principalmente aqueles não passíveis de prorrogação (BNDES, Finame, CPR), de forma a não prejudicar a continuidade do atendimento para a nova safra.

Caso haja necessidade de prorrogação das parcelas de custeio, o Banco informa que os encargos serão os mesmos da operação original.

Nos casos de produtores que possuam dívidas com juros superiores a 8,75% ao ano, a prioridade é a liquidação das dívidas com juros maiores, a exemplo do que ocorreu nas prorrogações efetivas pelo Banco no segundo semestre de 2006.

O Banco já orientou todos os seus gerentes do Estado sobre os procedimentos a serem tomadas para a condução do assunto.

Passo a passo para ter acesso a análise de capacidade de pagamento no BB:

1.    O produtor deve procurar o Assistente Técnico e preencher um pedido de prorrogação do custeio demonstrando a incapacidade de pagamento;

2.    Neste pedido, informe o valor que pretende prorrogar e em quantos anos fará o pagamento;

3.    Junto com o Assistente Técnico formule um quadro de capacidade de pagamento para os próximos anos condizente com o prazo solicitado para prorrogação;

4.    Faça duas cópias dos documentos e entregue ao Banco do Brasil, protocolando o recebido do gerente e guardando para si esta cópia.

5.    Recomenda-se que o pedido seja feito com quinze dias de antecedência ao vencimento das parcelas.
O BB também alertou que o produtor e Assistente Técnico tem que formular um pedido de prorrogação com prazo condizente com a capacidade de pagamento, isto é, caso o produtor tenha condições de pagar o valor a ser prorrogado em 3 anos, não adiantará solicitar o prazo máximo de 5 anos.

Veja o modelo de pedido de prorrogação, clicando aqui.

Fonte: FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná, boletim informativo nº 959

Xisto Roque Pazian Netto
Engenheiro Agrônomo
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BRASIL DEVE COLHER 130 MILHÕES DE TONELADAS DE GRÃOS, SEGUNDO A CONAB

O oitavo levantamento da produção nacional de grãos para o ciclo 2006/07, anunciado recentemente, reafirma o recorde histórico da safra atual. São 130,7 milhões de toneladas contra 123,2 milhões/t da maior registrada no período 2002/03, ou 6,1% a mais. O resultado aponta ainda para um crescimento de 8,2% (9,9 milhões/t) sobre a safra passada, fechada em 120,8 milhões/t.

Apesar da manutenção da alta, a pesquisa mostra uma redução de 0,3% na produção quando comparada à projeção do mês passado, de 131,1 milhões/t.

A diminuição se deve principalmente às alterações do clima, como a seca ocorrida nos últimos meses nos estados do Centro-Sul do país.

As culturas mais atingidas são a soja e o milho segunda safra. A primeira diminuiu 0,7% (de 57,96 para 57,55 milhões/t) e o milho caiu 2,4% (de 14,41 para 14,07 milhões/t). Por outro lado, houve crescimento de 1% no milho primeira safra (de 36,65 para 37 milhões/t) e de 1,2% no algodão (de 2,24 para 2,27 milhões/t).

Cerca de 95% da soja (54,6 milhões/t) já foram colhidas e o restante será finalizado neste mês. Já as colheitas do milho primeira safra e do arroz seguem até setembro, estando já concluídos 85% do primeiro (31,5 milhões/t) e 92% do arroz (10,3 milhões/t).

Área – Ainda em relação ao estudo anterior, a área plantada foi reajustada em menos 0,3%, saindo de 45,98 milhões de hectares para 45,84 milhões/ha. Quando levada em conta a lavoura da safra passada (47,33 milhões/ha), a redução é de 3,1%. Os números foram atualizados pelos técnicos da estatal no período de 23 a 27 de abril. Eles entrevistaram representantes de cooperativas, órgãos públicos e privados, agentes financeiros e produtores de todo o país.


Fonte: FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná, boletim informativo nº 956

Xisto Roque Pazian Netto
Engenheiro Agrônomo
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TRIGO

O trigo (Triticum aestivum) é uma planta de ciclo anual, cultivada durante o inverno e a primavera. O grão é consumido na forma de pão, massa alimentícia, bolo e biscoito. É, usado também como ração animal, quando não atinge a qualidade exigida para consumo humano.
O trigo ocupa o primeiro lugar em volume de produção mundial. No Brasil, a produção anual oscila entre 5 e 6 milhões de toneladas. É cultivado nas regiões Sul (RS, SC e PR), Sudeste (MG e SP) e Centro-oeste (MS, GO e DF). O consumo anual no país tem se mantido em torno de 10 milhões de toneladas.
Cerca de 90% da produção de trigo está no Sul do Brasil. O cereal vem sendo introduzido paulatinamente na região do cerrado, sob irrigação ou sequeiro.
O trigo no Brasil é atacado por grande número de doenças. As condições climáticas, onde predominam temperaturas altas e precipitações pluviais freqüentes, favorecem o desenvolvimento de inúmeras doenças, principalmente aquelas causadas por fungos. Essas, podem ser responsáveis por perdas elevadas no rendimento e na qualidade dos grãos de trigo. O volume de perdas é variável de ano para ano, dependendo das condições climáticas.

Doenças mais comuns:

Helmintosporiose (mancha-foliar do trigo)
Tem como agente o fungo Bipolaris sorokiniana (Sacc.in Sorok) Schoem (forma assexuada) e Cochliobolus sativus (Ito e Kurib) Drechs. ex. Dast (forma sexuada).
Incide em qualquer fase do ciclo do trigo estabelecendo-se nas folhas, colmo, espigas, grãos e sistema radicular. Manchas alongadas marrom-escuras aparecem nas folhas, expandem-se e unem-se podendo tomar toda a lâmina foliar. No colmo e espiga lesões marrom-escuras e nos grãos mancha escura próximo ao embrião (ponta-preta) e nas raízes mancha e podridão, são sintomas.
A produção do trigo pode ser reduzida em 50% por ataque da helmintosporiose.

Ferrugens:

Da folha
- Doença causada pelo fungo Puccinia recondita Rob. Ex. Desm. f. sp. tritici. Ataca folhas, principalmente; pústulas de coloração amarelo-alaranjada, predominantemente na face superior da folha são sintomas que podem alcançar o caule e as espigas. Prejuízos podem chegar a 50%. Temperaturas entre 15 a 22ºC favorecem o progresso da doença.
Do colmo - Ferrugem-negra causada pelo fungo Puccinia graminis Pers. f. sp. tritici Eriks e henn. Ataca normalmente o colmo mas, pode apresentar-se nas bainhas das folhas e ocasionalmente nas espigas. Pústulas ovais ou alongadas, de coloração marrom-avermelhada e escuro, são sintomas da doença.

Oídio-do-trigo - (cinza)
Doença causada pelo fungo Erysiphe graminis f. sp. Tritici E. Marchal.
As perdas atribuídas ao oídio podem atingir 45%. Ocorre em colônias (de coloração branca) superficiais sobre as folhas; à medida que passa o tempo a coloração passa a cinza. No lado oposto da folha aparecem manchas amareladas

Controle das doenças:  o controle deve ser feito com fungicidas recomendados sempre por um engenheiro agrônomo.


Xisto Roque Pazian Netto
Engenheiro Agrônomo
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FERRUGEM ASIÁTICA NA CULTURA DA SOJA

Histórico - A primeira constatação da ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, em lavouras no Brasil ocorreu na safra 2001/02 e rapidamente espalhou-se pelas principais regiões produtoras, em função da eficiente disseminação pelo vento. O principal dano ocasionado por essa doença é a desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos, com conseqüente redução da produtividade. O nível de dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura, das condições climáticas favoráveis à sua multiplicação após a constatação dos sintomas iniciais, da resistência/ tolerância e do ciclo da cultivar utilizada. Reduções de produtividade próximas a 70% podem ser observadas quando comparadas áreas tratadas e não tratadas com fungicidas.

O período mínimo de molhamento necessário para ocorrer infecção foi estimado em 6 horas, para temperaturas entre 20 – 25ºC e aumenta para temperaturas superiores e inferiores. A ferrugem é considerada uma doença políciclica, ou seja, o fungo é capaz de ter várias gerações num único ciclo do hospedeiro. Temperaturas que favorecem o crescimento e desenvolvimento de plantas de soja também favorecem o desenvolvimento da ferrugem. Temperaturas inferiores a 15ºC ou superiores a 30ºC, associadas com condições secas, retardam o desenvolvimento da ferrugem.
        
O desenvolvimento de cultivares resistentes tem sido dificultado pela variabilidade genética do fungo. Na safra 2001/02, cultivares que haviam sido selecionados com resistência completa tiveram sua resistência quebrada com fungos provenientes do Mato Grosso. Na ausência de cultivares resistentes, medidas de manejo como a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada, monitoramento constante da lavoura associado ao controle químico com fungicidas têm sido recomendadas para diminuir os danos que essa doença pode causar. A aplicação do fungicida deve ser feita após os sintomas iniciais da doença na lavoura ou na região ou preventivamente.

A decisão sobre o momento de aplicação (sintomas iniciais ou preventiva) deve ser técnica, por isso consulte sempre um Engenheiro Agrônomo de sua confiança.

 

Xisto Roque Pazian Netto
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