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24/01/12 Ter 20h38
Análise

Apesar do último trimestre de 2011 ter sido marcado por problemas macroeconômicos na Europa, o que ocasionou a baixa nas cotações do milho, o ano de 2012 começou com o fator climático dando sustentação às cotações no mercado externo e, principalmente, no mercado interno.

No Brasil, 75% de todo o milho produzido é destinado à fabricação de ração animal, sendo assim, se levar em consideração que a estiagem afetou os três estados da região Sul - Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina - e que a demanda deve continuar forte, tendo em vista serem estes os principais estados exportadores de carne suína e de frango, não estão descartadas novas altas na cotação do cereal.

Na Argentina também deve ter quebra na safra, pois, segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, em sua publicação no dia 13/01, já considera que a safra seja de 24,10 mi/tons, ante 29,00 mi/tons anunciada em dezembro de 2011. Caso se confirme essa quebra, a

Argentina deve diminuir suas exportações já que num primeiro momento se esperava exportar próximo a 20 mi/tons.

Com uma possível quebra no país vizinho essa demanda externa pode ser direcionada para o Brasil, o que elevaria o prêmio de exportação e, consequentemente, os preços do cereal.

Mesmo com uma perspectiva de plantio de safrinha recorde no Paraná e Mato Grosso, os preços devem continuar atrativos, já que ainda é uma incógnita o real tamanho dessa safra.

Diante de uma demanda aquecida e com quebra de safra na América do Sul, cabe ao produtor investir em híbridos de alta tecnologia, já que este é primeiro caminho para uma boa lucratividade.

Márcio Genciano